Um dos momentos especias para quem gosta de fotografia de rua é durante o carnaval, também é um período em que as pessoas estão ali para serem vistas e registradas. E foi vestindo o equipamento como desculpa que nestes dois últimos anos acabei também entrando na folia.
Posso me considerar um heavy user do instagram, e não é a toa que tenho por ali quase mil fotos onde agrego diariamente instantâneos de minhas caminhadas. Com a mensagem "Fotos portáteis, porque sabe-se lá o que pode cruzar pela frente." registro flagrantes comuns e inusitados do cotidiano das ruas os compartilhando imediatamente.
Minha conta principal @camafunga nada tem a ver com uma vitrine pessoal, não há selfies nem imagens de comemorações ou comidas, mas, desde que descobri o aplicativo como forma de aplacar uma compulsão por registros, compartilho meu olhar e impressões sem conseguir evitar de fazê-los. Além do conceito do imediato a evolução dos smartphones permitiu certa qualidade digital e ao flaneur a vantagem da invisibilidade, ao ponto de muitas vezes não me preocupar de sair acompanhado por uma câmera. Hoje divido meu ato fotográfico com relação a fotografia de rua em dois modos, um quando me proponho antecipadamente a buscar uma fotografia mais apurada ou em um projeto específico me armando com equipamento completo e adequado e outro apenas para não perder oportunidades. Depois de um tempo adaptando a limitação técnica a ferramenta e acostumando o olho ao enquadramento e a composição para o formato "square" posso dizer que consigo igual prazer em ambas circunstâncias.
Uma observação, no entanto, como mostra o vídeo abaixo, é que as imagens no aplicativo sofrem uma grande redução de definição por perda geracional, por isso, por vezes seleciono algumas para publicar diretamente nos blogs.