quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Fotografando em RAW

A crítica sobre a pós- produção em fotografia digital e seus limites cada vez mais deixa de ser uma discussão sobre opção e qualidade artística para  representar talvez a falta de conhecimento técnico para trabalhar adequadamente com este tipo de arquivo. A fotografia digital veio para ser definitiva e afora avaliações mais filosóficas ou  saudosistas é interessante que aprendamos a trabalhar com esta tecnologia assim como se fazia nos laboratórios com exposição, luz e química.

Desde que comecei a usaro photoshop, no meu caso no limite da busca pela estética do filme, tenho buscado aprofundar suas ferramentas, e desde quando descobri os arquivos RAW mais interessante passou a ser este processo. Portanto, e a pedido dos meus companheiros que estão ingressando neste nível de processamento faço aqui uma breve iniciação sobre seu uso.

Antes de depois foto de Severin Sadjina
Antes de mais nada RAW é o análogo do negativo na fotografia digital,  é o registro cru captado pelo sensor da máquina com toas as informações  sem qualquer compressão. O arquivo gerado chega a ter até 15 vezes o tamanho da mesma foto em jpg podendo chegar a 30 MB por imagem. Quando possível ler a registro do RAW natural ela mal define a imagem e apresenta uma cor geralmente esverdeada, somente na abertura no software é que as cores RGB se organizam, portanto o que se vê no programa não é o RAW natural mas já um arquivo pré processado.
Talvez RAW não seja a melhor opção para fotos rápidas nem  para captar movimentos no modo burst ou para registros despretensiosos, no entanto, é ideal para fotos que se queira qualificar posteriormente ou quando, e principalmente  não se tem as condições ideais de luz e temperatura no momento do registro, isso porque fica sempre a maior possibilidade de ajustes posteriores de brilho, balanço de brancos, nitidez, claridade, detalhes, etc.

O que era privilégio de maquinas profissionais hoje é encontrado em DSRLs mais simples e também nas CSCS compactas, desde que não se usem os modos automáticos, portanto, também para fotografar em RAW é necessário o conhecimento dos conceitos básicos de fotografia como abertura, profundida de campo e tempo de exposição por exemplo.

As fotos em RAW normalmente só são visualizadas em programas específicos, daí ser interessante fazer sempre dois arquivos simultâneos, um neste formato e outro em jpg.

Como disse o arquivo RAW mantém todas as informações captadas no momento do disparo, e como negativo assim permanece mesmo após os ajustes, pois  destes é criado um outro e independente arquivo com nova extensão que vai conter as informações dos deslizantes que servição de instruções a serem lidas ao abrir o arquivo original e que, por isso, devem ser mantidos no mesmo diretório.

Acima arquivo jpg original da camera abaixo arquivo jpg originado de um RAW

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Fotocanção


Se uma imagem vale por mil palavras quantas notas musicais devem custar uma fotografia?

© Marcelo Soares

Um dos meus temas favoritos em fotografia de rua são as manifestações musicais, tanto pelo retratar dos artistas como pelas possibilidades flagrantes da relação destes com os expectadores.
Walker Evans

Fotografar música é sugerir som na expressão muda de uma imagem ou definir ritmo e sentido na figura estática que dela se dissocia.
Desde o inicio dos registros fotográficos encontramos este encantamento.

Aqui algumas fotos minhas sobre fotocanção.


© Marcelo Soares


© Marcelo Soares


© Marcelo Soares

© Marcelo Soares